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  • Foto do escritorTiago Araripe

Silêncio: Biblioteca. 1, 2, 3... gravando!

Atualizado: 17 de nov. de 2020



Gravando voz de novo single no auditório da Biblioteca Municipal de Bombarral.


Buscar soluções para continuar produzindo tem sido uma necessidade premente nesses tempos de pandemia. Tempos sentidos na pele pela classe artística/cultural, atingida em cheio - como tantos outros setores - pelas restrições sanitárias. Tempos capazes de transportar palcos, galerias, teatros e cinemas ao ambiente online, provocando uma chuva de lives a inundar solidões e mundos das pessoas isoladas.


Embora não muito à vontade no quesito live (fiz duas, a convite), tive que me adaptar às novas condições. Depois de consultar amigos músicos, adquiri um equipamento* básico de gravação, com o objetivo de poder tocar em frente - literalmente - alguns projetos. Entre eles, a produção do nosso terceiro álbum, que virá a suceder Cabelos de Sansão e Baião de Nós. (O nome ainda é segredo de estado.)


A estreia do pequeno home studio se deu por meio de videoclipes artesanais. O mais recente, Das Horas, foi realizado na Mata Municipal, área de 4 hectares de floresta preservada, bem no coração da vila portuguesa onde moro. De São Paulo, veio a participação especial de Clarissa Araripe - trazendo mais luminosidade ao vídeo.


Para levar adiante a ideia de lançar novo álbum, passei a trabalhar - a distância - com músicos instalados em Roma, Lisboa e Recife, encaminhando depois as gravações para mixagem e masterização em Fortaleza.

Uma questão, no entanto, se impunha: onde gravar a voz? Mesmo morando num lugar tranquilo, é impressionante o quanto toda a sorte de ruídos interfere num processo de gravação, quando se busca fazer com qualidade. É o portão automático do condomínio que abre, um carro ou trator (vivo numa vila rural) que passa, o choro de uma criança no apartamento vizinho, o sino da igreja que toca, alguém que espirra na calçada... Até sons quase imperceptíveis entram em cena e deixam sua marca indesejada.


Como resolver? Isso me trouxe a pergunta seguinte:


Qual o lugar mais silencioso da vila? A resposta veio de imediato: a biblioteca municipal. Mais precisamente, o pequeno auditório da biblioteca, onde cantei certa vez num evento natalino. Sim, o lugar ideal.


Assim solicitei o espaço à Câmara Municipal de Bombarral, no que fui pronta e gentilmente atendido pela gestora de cultura, a vereadora Patrícia Costa Pereira.


Depois de instalar o home studio no local, e de um punhado de horas cantando e pelejando com o programa de gravação, saí da biblioteca com os takes de voz do novo single.


Enfim, o silêncio falou mais alto e a canção está vindo ao ar pra se fazer ouvir.


No próximo dia 20/11, o resultado estará nas plataformas de música: Nenhuma Igual a Você, com produção musical e arranjo do guitarrista Pablo Romeu. Sua audição soará como música aos meus ouvidos.


Saiba mais na próxima quinta, aqui no blog. Degustação e venda disponíveis neste site.









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