Tiago Araripe

16 de jul de 20201 min

Décio Pignatari (in memoriam)

Atualizado: 23 de jul de 2020

Nesta secção do blog, abro espaço aos meus parceiros musicais ao longo dos anos. E começo com o saudoso Décio Pignatari (1927-2012), divulgando um texto que escreveu por ocasião do relançamento de Cabelos de Sansão pela Saravá Discos, de Zeca Baleiro, em 2008.

As duas composições a que Décio se refere foram feitas a partir de letras dele que me foram apresentadas por Tom Zé. A terceira, Hipopopótamo, que se tornou uma espécie de rumba dançante, me foi apresentada pelo próprio Décio e executada nos primeiros shows do Papa Poluição em São Paulo.

Com a palavra, Décio Pignatari.

""1973 foi um ano em que estive bem chegado à MPB. Até hoje me espanto com o pique e empenho de Tiago na criação de peças tão instigantes a partir daquelas letras que eram mais problemas do que poemas inspiracionais. Gosto muito da composição Teu coração bate, o meu apanha, seguido de Drácula. Já Hipopopótamo é um nonsense infantil que nem eu entendo. E 1973 foi o ano da capa do "Todosolhos", do Tom Zé, uma bomba relógio em câmera lenta que explodiria trinta anos depois, graças a David Byrne, Tom e a minha míni equipe de design. Mas é muito bom ver o Tiago Sansão-Canção emergindo do calabouço!"

Décio Pignatari

Curitiba, Fevereiro 2008


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